segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Livro: Daisy Jones and the Six; Uma história de amor e música

Daisy Jones and The Six é um livro escrito pela autora estadunidense Taylor Jenkins Reid e que originou a série homônima do Amazon Prime.

O livro conta a ascensão e queda da fictícia banda Daisy Jones and The Six sob o ponto de vista dos seus integrantes: Daisy, Billy, Karen, Granham, Warren e Pete.  A história no livro é contada por meio de entrevistas com os integrantes da banda, cada um deles traz um ponto de vista diferente e que às vezes se contradizem.

Daisy Jones and The Six na série da Amazon Prime
Os personagens principais são Daisy e Billy, eles se gostam porém sabem que não podem ficar juntos, afinal Billy é casado, tem três filhas é e egocêntrico por natureza, tudo tem que ser do jeito dele ou nada será feito.

Daisy e Billy

Ele inveja a liberdade de Daisy e seu talento para composições, ela por sua vez inveja Billy na sua estabilidade familiar que ele tem com Camila e as filhas, coisa que Daisy nunca teve por vir de um lar caótico onde os pais davam a ela todos os bens materiais porém não a amavam e nem se importavam com ela.

Quem conhece um pouco de rock dos anos 70 vai logo perceber semelhanças de Daisy e Billy com Stevie Nicks e Lindsey Buckingham do Fleetwood Mac no que diz respeito ao talento ao seu  relacionamento complexo e caótico. A própria Reid já afirmou em entrevista que Nicks e Buckingham foram uma das suas inspirações para a criação do livro.

Fleetwood Mac

Quando a gente lê o Daisy Jones and The Six somos transportados para os anos 70 e todos os excessos que haviam na época, Daisy é forte e vulnerável ao mesmo tempo tanto que se deixa levar pelas más influências de Niccolo seu namorado italiano que nunca diz não para ela e a estimula a viver uma vida totalmente entregue as drogas.

Stevie Nicks e Daisy Jones

O modo que o livro é contado faz com que não se queira parar de ler e descobrir qual será a próxima declaração ou revelação dos integrantes da banda, a leitura é leve e fluida.

Recomendo que você leia Daisy Jones and The Six e mergulhe na fictícia história de ascensão e queda da maior banda americana dos anos 1970.

 

 


sábado, 3 de fevereiro de 2024

“Priscilla”: novo filme de Sofia Coppola conta a história de Priscilla Presley

Hoje eu fui assistir ao filme ‘Priscilla’ da Sofia Copolla no cinema, ele estreou na minha cidade dia 27 de janeiro e só agora pude ir assistir. Fui sem grandes expectativas afinal não conhecia nada sobre a vida da Priscilla além do fato dela ter sido esposa de Elvis.

Baseado na autobiografia escrita por Priscilla, "Elvis and Me", de 1985, o longa mostrará detalhes sobre a vida com o Rei do Rock desde o casamento cheio de altos e baixos até o que levou ao divórcio, segundo a perspectiva da ex-esposa de Elvis.

A história começa em 1959 na Alemanha onde a jovem Priscilla Beaulieu passou a morar com os pais, seu pai é militar e foi transferido para o país germânico. Beaulieu  tem 14 anos e está com dificuldades de adaptação no novo país além de estar entediada com a vida monótona na Alemanha.

 A vida dela iria começar a mudar quando ela conhece em um bar um militar americano que se diz amigo de Elvis Presley e a convida para uma festa na casa de Presley, ela aceita e conhece Elvis. Na época que eles se conheceram Priscilla tinha apenas 14 anos enquanto Presley já era um adulto de 24 anos esta enorme diferença de idade já era muito estranha e problemática nos anos 1960. 

Os pais de Priscilla não aprovam o relacionamento da filha com o Elvis e tentaram de todas as formas supervisionar o relacionamento deles, até o momento que Priscilla completa 17 anos e conclui o ensino médio os pais dela começam a aprovar o relacionamento.

Priscilla e Elvis vivem um relacionamento marcado por altos e baixos por conta do temperamento impulsivo e agressivo de Elvis. Ele trata a Priscilla como um objeto que sempre deve estar lindo e pronto para servi-lo. Ela vive em uma gaiola de ouro onde não falta nada que o dinheiro possa  comprar porém ela não tem direito a ter opinião sequer para escolher uma roupa para comprar, tudo precisa ser aprovado pelo marido.

Priscilla sofre muito com o relacionamento tóxico com o Presley e com o vício dele em remédios. Além disso, ainda tem que lidar com as inúmeras traições do cantor e também com o descaso dele com os sentimentos dela. 


O filme mostra que Priscilla não teve uma vida fácil e que foi uma mulher muito forte para conseguir se manter sã em meio ao caos que foi o casamento dela com o Presley e também lidar com a falta de autonomia que as mulheres tinham nos anos 60.

A trilha sonora do filme é composta por sucessos da época, com destaque para a música I Will Always Love You do ícone do country Dolly Parton que marca o filme.

Gostei do filme porque ele mostra a história de uma mulher que eu não sabia muita coisa sobre e também mostra como ela conseguiu superar o relacionamento ruim e que conseguiu escolher o seu bem estar em vez de manter o Elvis como centro da sua vida.

 

 

sexta-feira, 21 de abril de 2023

Série Daisy Jones and The Six: A ascensão e queda da banda que foi inspirada em Fleetwood Mac

 Soube da série Daisy Jones and The Six do streaming  Prime video  no instagram e logo me chamou a atenção por ter duas coisas que eu gosto bastante que são rock dos anos 70 e vocalista feminina. A série é baseada no livro Daisy Jones & the Six: uma história de amor e música escrita por Taylor Jenkins Reid

Daisy é uma artista e sempre sonhou em ser uma estrela do rock e trabalhava como garçonete para poder sobreviver e pagar as contas. Enquanto isso Billy Dunne e seu irmão Graham criam uma banda, a Dunne Brothers que depois irá ser rebatizada como The Six  e começam a fazer shows e se mudam para a Califórnia para conseguirem ter uma carreira musical.

 Billy pede uma chance para o produtor musical Teddy Price que assina contrato com eles. Pouco tempo depois Price conhece Daisy e percebe o potencial que ela e o The Six  poderiam ter se unissem forças.

Daisy aos poucos começa a realizar seu grande sonho junto com Billy e os demais músicos do The Six. Com o grande sucesso e fama da banda começam a surgir os conflitos internos e desavenças amorosas.

Anos depois do término do Daisy Jones & The Six, um documentário investiga o que ocorreu para que o grupo se encerrasse no auge.


A série conta a história da banda e  traz depoimentos dos integrantes 20 anos depois do fim dela, é como se a gente estivesse vendo um documentário de verdade de tão boa que são as atuações dos atores.

A trama se inspirou em bandas reais da década de 70 mas a maior inspiração veio de Fleetwood Mac e toda a história de desavenças por trás da gravação do  disco “Rumours”, de 1977.

A primeira coincidência entre as duas bandas é a mais óbvia, ambas as tem integrantes femininas e sendo uma delas a tecladista que na banda da série é a Karen enquanto no Fleetwood Mac era a Christine McVie, Karen inclusive se assemelha fisicamente a Christine.

Outra coisa em comum entre elas são as brigas e as desavenças amorosas que causaram muitos dissabores para todos os integrantes do grupo.

Fleetwood Mac

 Por fim, a outra similaridade é o som, as músicas de Daisy Jones and The Six  lembram as do Fleetwood Mac. As canções já estão disponíveis no Spotify, ouça e as compare.

Você  pode assistir Daisy Jones & The Six no Prime Video.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Primeiras Impressões sobre Stupid Wife – Primeira Temporada

 A primeira vez que eu assisti a webseries foi em 2010, naquela época havia algumas muito boas no YouTube como Out With Dad, Seeking Simone que não chegou a ser finalizada e a minha favorita Anyone But Me que teve três temporadas e uma temporada comemorativa.

Recentemente comecei a assistir a webserie Polonesa Control Web mas deixei de assistir porque ela foi retirada do YouTube e colocada em uma plataforma online paga da Polônia.Nunca tinha assistido nada sobre webseries Brasileiras até que fui apresentada a série Stupid Wife pelo canal Anna Bagunceira do YouTube. Era um vídeo de reação às cenas da série e eu decidi assistir todos os episódios. 


Luiza e Valentina

Stupid Wife é uma websérie brasileira de drama e romance lançada em 4 de agosto de 2022, ela é baseada livremente no conto homônimo da autora Nathália Sodré, Lembre-se de Nós. A série é produzida pela produtora brasileira Ponto Ação e estrelada por Priscila Reis e  Priscila Buiar. 

A série conta a história do casal Luiza e Valentina, elas são casadas, tem um filho e vivem uma vida pacata até que Luiza perde a memória em um evento traumático e esquece muita coisa da sua vida, esquece inclusive que é casada há anos com a Valentina.

A partir daí começa uma jornada da Valentina tentar ajudar a Luiza a recuperar a memória e retomar o casamento que está em crise. Luiza rejeita a esposa que sofre bastante com essa situação. 


No decorrer da série Luiza tem flashes de memória e é mostrado ao público que ocorreu um acidente que a fez ter amnésia mas ainda não sabemos o que de fato aconteceu e qual o segredo que as personagens escondem.

Valentina faz de tudo para reconquistar a esposa, ela se mantém firme e forte para apoiar a Luiza embora estava sofrendo muito com a rejeição dela.

O casal se reaproxima aos poucos e elas tem cenas muito bonitas, a química entre elas é impressionante, fazia muito tempo que eu não via um casal em sintonia assim desde Anyone But Me. Tem cena de sexo também em Stupid Wife e são cenas de bom gosto, não tem nada explícito ou vulgar.

As cenas focam no amor que uma sente pela outra, a direção teve um cuidado muito grande em não expor gratuitamente as atrizes e sim focar no amor. Luiza e Valentina são um casal que cativa os espectadores, as atuações das Pricilas são boas e convincentes.


Elas conseguiram construir uma química entre as personagens e isso deve facilitar o trabalho delas.

Estou gostando de assistir Stupid Wife e recomendo que assista para você tirar as suas próprias conclusões 





sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Madame Saatan volta depois de 8 anos e faz show arrebatador no Psica 2022

 Era outubro de 2022 quando eu soube por meio da Internet que a banda Madame Saatan iria voltar para fazer um show comemorativo no Festival Psica em Belém. Eu fiquei muito surpresa pois não esperava ver mais ao vivo a banda que faz parte da minha vida. Até porque a Sammliz, a vocalista da banda, vem sendo questionada desde 2014 sobre voltar com o grupo e ela sempre negou.  

Desde outubro expectativas foram criadas pelos fãs da Madame Saatan na Internet e o que eu esperava era que o show tivesse energia.

No dia 18 de dezembro estive no festival Psica só pra ver a Madame Saatan, cheguei cedo no festival, assisti de longe ao show de Luedji Luna e antes mesmo dele terminar fui direto para o local do palco Rio Voador para ficar bem na frente e ver a banda de perto, lá perto do palco encontrei pessoas conhecidas de shows de outrora. 

Um cara disse que lembrou de mim, ele disse que me viu no show de 2009 que a Madame fez no hoje extinto African Bar e eu estive mesmo nesse show que foi a volta da banda para Belém, fiquei surpresa com a memória do sujeito.

O público que estava em volta onde eu estava eram de fãs que assim como eu acompanham a Madame Saatan há muito tempo, foi muito legal estar junto dos meus contemporâneos, parecia um reencontro de parentes que não se viam há anos.

O festival atrasou e a banda entrou no palco Rio Voador com 1h de atraso mas isso não desmotivou a plateia, quando eles começaram a tocar Respira o público cantou e pulou com uma grande empolgação, depois vieram os outras músicas que eu gosto como Até o fim, Fúria, Moira e  Sete dias, nessa última a Sammliz colocou uma saia vermelha pra simbolizar a pomba gira. 

No telão passavam imagens da história da banda como trechos de clipes e de participações em programas de TV, foi muito legal poder relembrar esses momentos.

O show teve a mesma energia que eles sempre tiveram nem parecia que estavam há anos sem tocar juntos de tão bom que estava. A Sammliz pediu pra galera fazer uma roda punk e a wall of death e o público fez. Teve uma parte que ela sentou na grade e ficou bem pertinho do público presente, foi aí que pude vê-la bem próximo mesmo. Não consegui falar com ela após o show porque eu estava preocupada com o transporte mas espero poder falar com ela em outro show seja da Madame ou da carreira solo.

Os pontos baixos pra mim foram as músicas Molotov e Invisível mas é porque nunca gostei dessas músicas mesmo e se trocassem elas por outras seria bem melhor.

Camisa que comprei no Psica

Gostei muito do show, teve a mesma energia que a banda sempre mostrou, o público apaixonado mostrou toda a sua empolgação e vigor. Foi uma celebração de uma geração inteira que curtiu a Madame Saatan anos atrás e  que pode ver novamente a sua banda preferida.

 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Gaby Amarantos celebra 20 anos da TecnoShow com gravações de hits da banda

 Gaby Amarantos é uma das cantoras paraenses mais famosas no Brasil, ela começou a carreira na banda Tecno Show no início dos anos 2000 em Belém, a banda foi um grande sucesso e suas músicas marcaram gerações e até hoje tocam em bares e festas da capital paraense. Em  2012 Amarantos  começou a carreira solo e lançou o disco Treme. De lá pra cá ela se distanciou do Tecnobrega que a consagrou e apostou em um som  pop alternativo com parcerias com Duda Beat, Jaloo entre outros.

Ontem Gaby lançou o disco intitulado Tecno Show onde regravou sucessos da sua antiga banda, a maioria das músicas são versões de cantores internacionais e foram autorizadas pelos compositores das canções.

O repertório do disco TecnoShow inclui Não vou te deixar – versão de I don't want to get hurt  (1995), música do duo Roxette – e Reacender a chama que é  True colors (1986), hit da cantora Cyndi Lauper. Enquanto que  Amor calado que é  Palomita branca (1998) do cantor Juan Luis Guerra. Além de versões de If you sucesso do eurodance de 2003 e  Give me tonight  (1984) – sucessos de Magic Box e Shannon que viraram Super pop som e Toca DJ.

Gostei muito das regravações de Toca Dj, Eu não vou te deixar, Superpop e Príncipe Negro. Nelas Gaby manteve a linha melódica original e os arranjos ficaram incríveis na alta qualidade da gravação. Destaque aqui para o produtor Félix Robatto que fez um trabalho impressionante de recuperar os beats de canções tão marcantes como essas.

Félix Robatto, produtor do disco, fez um trabalho excelente.

A música que eu menos gostei foi a regravação de Amor Calado, a original era mais romântica e a escolha melódica da original é muito melhor. Não entendi o que a Gaby quis fazer com essa canção, só sei que não ficou boa.

As regravações trouxeram mais qualidade para as músicas e ficaram muito melhores que as gravações originais, essas músicas estão enraizadas nas memórias afetivas do público de tecno brega do Pará.


·         Gaby Amarantos: Voz

·         Félix Robatto: Guitarra, programação de bateria, percussão, sintetizadores e efeitos.

·         S.M. Negrão: Teclado, programação de baixo, sintetizadores e efeitos.

·         Baka: Tratamento vocal

·         Produzido por Félix Robatto

·         Gravado por Félix Robatto

·         Mixado por MGDZ

·         Masterizado por Fábio Roberto no estúdio Tambor (RJ)

domingo, 11 de dezembro de 2022

Filme Serial Kelly: uma tragicomédia policial

Assisti ontem ao filme Serial Kelly que tem a cantora Gaby Amarantos como a protagonista. A sinopse do filme é  Kelly é uma cantora de forró que está em turnê pelo nordeste brasileiro e por onde ela passa deixa destruição e mortes. O diretor Renê Guerra usa a protagonista para falar sobre falso moralismo, hipocrisia social, sexo e violência.


Uma das coisas que me chamou a atenção foram algumas frases ditas por personagens como na cena que o policial vai até a cena de um crime, há uma travesti morta e a delegada quer empenho dos policiais em resolver quem matou a pessoa, nessa hora o policial fala algo como "isso é uma travesti, essa gente sempre  tá envolvida com o que não presta". Nessa parte é demonstrado o desdém desse policial com a vítima de violência só por ela ser uma travesti.


A delegada e os policiais

Outra cena é quando os policiais se recusam a obedecer as ordens da delegada só por ela ser mulher, tratam ela como se ela fosse inferior. O tema de disparidade de gênero na instituição policial não é aprofundado no filme mas deveria.



O filme é previsível, não há surpresas no roteiro, o telespectador ao começar a assistir ao filme e em 30 minutos já consegue dizer qual será o desfecho. Gaby Amarantos fez um bom trabalho até porque a personagem não exige muito, está dentro da zona de conforto dela interpretar uma cantora. Os personagens são rasos e por vezes caricatos, faltou no roteiro aprofundar a história deles.

Se eu fosse atribuir uma nota pra esse filme seria 5 porque ele não traz nenhuma reviravolta ou um desfecho inesperado, é tudo muito previsível. 


Direção:

René Guerra

Distribuição:

Vitrine Filmes

Coprodução:

Bananeira Filmes, Globo Filmes

Roteiro:

René Guerra, Marcelo Caetano